Levantamento mostra que durante pandemia cresceu o número de empresas criadas no Brasil e setor de serviços está sendo o mais procurado para investir.
O Serasa Experian divulgou um levantamento sobre abertura de novos negócios no Brasil que apontou que em abril deste ano foram abertas 194.882 novas empresas.
Desse total, 84,7% fazem parte da categoria de microempreendedores individuais (MEIs), maior resultado desde fevereiro de 2019, segundo o Serasa.
A maior parte das empresas recém-criadas continua sendo no setor de serviços, correspondendo a 68,9% do total.
Em abril de 2019, a proporção dos MEIs era de 81,8%.
Em março deste ano, era de 79,3%. Já o setor de serviços correspondia a 67,8% do total em abril de 2019 e a 69,8% em março de 2020.
Novos negócios por região
Segundo os dados do Serasa, os estados do Sudeste hospedaram 51,1% dos novos negócios, seguidos pelos das regiões Sul (17,6%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (9,7%) e Norte (5,8%).
O índice de abertura de empresas apresentou queda de 25,7% em abril em relação ao mesmo período de 2019.
A baixa foi puxada pelos setores do Comércio, Serviços e Indústria, que registraram -33,1%, -24,5% e -20,2%, respectivamente.
As regiões também tiveram retração na relação ano a ano: Sudeste (-28,7%), Sul (-26,0%), Nordeste (-25,0%), Centro-Oeste (-17,2%) e Norte (-7,3%).
“Apesar das incertezas econômicas e das medidas de distanciamento social, uma parcela considerável da população segue apostando em empreender por meio da criação de micro e pequenos negócios”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Ainda segundo ele, garantir renda com pouco investimento é uma necessidade.
“Por isso, o setor de Serviços é preferível, já que nessa área podem ser criados ramos de atuação que não dependem da contratação de um espaço ou equipe de trabalho”, ressalta Rabi.